Sunday, July 6, 2008

SOME POLITICS














Restrição à marginalidade no Congresso


A CNBB anunciou esse mês uma proposta de adequação da Lei 9.840 que dispõe sobre candidaturas a cargos eletivos de indivíduos condenados por corrupção. Com apoio de mais de 30 organizações civis - entre elas a Associação de Magistrados do Brasil e a OAB - o objetivo é tratar com maior rigor a vida pregressa dos candidatos, leia-se ficha criminal. Na eleição passada foram encontrados, só no estado do Rio, candidatos com até 25 homicídios na folha corrida. Ele não poderia ser gari, que é um cargo público, mas prefeito, sim - de acordo com a lei vigente.
Acho que elevar o nível das escolhas que o eleitor pode fazer, é o melhor ponto de partida. Mudar o status de loteria para risco calculado. Eu, por exemplo, nunca votei em tempo algum, justamente pela falta de transparência do processo eleitoral. Prefiro me abster do que endossar uma presepada - mas preferiria ainda mais ter a chance de optar entre plataformas e pessoas reais, já que jogos de azar não me cativam.
Ainda não se fala sobre a capacitação profissional dos candidatos, o que é no mínimo anacrônico. Mas não páram de sair matérias na mídia de massa sobre o valor da educação para o concorrido mercado de trabalho onde estão os bons salários e planos de carreira.

Escola neles!!


Todos os aspirantes a políticos deviam ter no currículo algo como um bacharelado em representação pública, em que pudessem se aprofundar nos temas relativos ao exercício da função. Estudar matérias como Sociologia, Antropologia, História, Geografia, Gestão, Sustentabilidade, Direito, Economia, Português. Fazer estágio em unidades públicas dentro das zonas eleitorais de interesse, ver a cara do povo, conectar-se com seu eleitorado, aproximar-se da situação em que vivem as famílias, de suas mazelas, potencialidades e necessidades. Aí, pra usar seu tempo indo à escola, pra passar por avaliações - inclusive psicológicas - tem que ter disposição, vocação, tem que querer e poder de verdade. Há, inclusive, um projeto nessa direção, chamado Universidade Aberta.
Não se trata de elitismo, mas de evolução natural, principalmente no que se refere a líderes comunitários. Trata-se de competência e responsabilidade para fugir da equação oportunismo-impunidade. Te dou um toque.

P.S.: bjo didi, que também falou serinho dia desses no GayBlog.

Para assinar a proposta de Lei da CNBB
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